Red Barchetta: quando o rock fugiu com uma Ferrari

13 de julho. O mundo celebra o Dia Mundial do Rock. Uma data que homenageia guitarras distorcidas, vozes roucas e uma porção generosa de rebeldia. Mas, para quem tem gasolina correndo nas veias, o rock vai além do palco: ele vive também no ronco dos motores, nas trocas de marcha e nas curvas sinuosas de uma estrada. Nesse contexto rebelde, carros e rock sempre estiveram conectados.
Um desses encontros é simbolizado através de Red Barchetta, do Rush.
Lançada em 1981, no álbum Moving Pictures, a faixa é um conto distópico costurado em riffs e poesia. A letra, escrita pelo baterista Neil Peart, descreve um futuro em que os carros comuns foram proibidos por uma nova lei. Nesse mundo altamente regulamentado, o protagonista comete uma transgressão semanalmente: dirigir o esportivo vermelho de seu tio, a Red Barchetta.
Inspirada em dos modelos preferidos de Peart, a Barchetta leva a uma perseguição de veículos modernos e frios até o seu retorno seguro até o celeiro discreto do tio, onde a rebeldia é guardada até o próximo domingo.
A inspiração para Red Barchetta veio de um conto chamado A Nice Morning Drive, escrito por Richard S. Foster e publicado na revista Road & Track em 1973. Nele, o autor imagina um futuro em que veículos seguros tomaram conta das estradas e passaram a intimidar os donos de carros clássicos, considerados frágeis e ultrapassados. Peart leu o conto, se encantou com a ideia e a adaptou à sua própria paixão: carros italianos com alma. O resultado foi uma música com narrativa cinematográfica, onde cada acorde parece sincronizado com a vibração do asfalto.
Agora é a hora de você conhecer a Red Barchetta cantada pelo trio canadense: Ferrari 166 MM Barchetta.
Uma Ferrari para o Dia Mundial do Rock
Escolher a Barchetta como inspiração não foi um capricho de Neil Peart. Produzida entre 1948 e 1951, a Ferrari 166 MM Barchetta foi uma das mais vitoriosas criações da marca de Maranello.
O carro possuía um motor V12 de 2 litros, com pistões forjados e cerca de 140 cv. Desenvolvida como uma evolução da 125 S, a 166 MM é um carro de estrutura tubular, pesando apenas 650 kg e com velocidade máxima na casa dos 200 km/h. Essa Ferrari venceu corridas lendárias como as 24 Horas de Le Mans, 24 Horas de Spa-Francorchamps e a Mille Miglia (de onde veio o “MM” no nome).
Era um carro feito para correr de verdade. Barchetta, em italiano, significa “barquinho”, e define o estilo de carroceria sem capota fixa, como se o piloto navegasse o mundo com o vento no rosto. Peart, que também era motociclista, entendeu isso perfeitamente. Seu protagonista não quer apenas dirigir. Ele quer ser livre para sentir e ouvir tudo que um carro esportivo pode entregar.




No Dia Mundial do Rock vale olhar pra essa obra como música e automobilismo se encontram. A Barchetta da música pode ser uma Ferrari, mas poderia ser também aquele carro antigo do seu pai guardado na garagem. Ou o seu primeiro carro. Ou até o sonho que você ainda vai realizar. Porque no fim, o que Red Barchetta ensina é que a liberdade não precisa de muito: basta um pouco de estrada, um ronco empolgante e alguém para dirigir.
Se curtiu essa viagem pela história da Barchetta do Rush, não deixe de conferir outro conteúdo que combina música e estrada: os ônibus de turnê de Elvis Presley. E se você é daqueles que está ao volante semanalmente, lembre-se de calibrar os pneus e não rodar com pneus carecas. Acesse agora o site da PneuStore e encontre o modelo ideal para sua próxima viagem.
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